terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Senadora ressalta, em evento, importância da educação e da presença da mulher nos espaços de poder.

Foto: Reprodução

Na abertura do 1º Colóquio Violência de Gênero e Mídia, nesta quinta (28/11), a presidente da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), ressaltou a importância da educação e da presença da mulher nos espaços de poder para a luta contra a cultura machista que insiste em reservar à mulher um lugar de inferioridade em relação aos homens:

“Respeito, empoderamento e visibilidade. As mulheres não estão defendendo privilégios, mas o direito que é delas”, ressaltou Zenaide, que assinalou também o papel central dos meios de comunicação no combate à violência de gênero: “O papel da mídia é importantíssimo. Informação é poder e dar visibilidade aos casos de violência é essencial”, defendeu a parlamentar.

O evento integra as ações organizadas pelo jornal Correio Braziliense e pelo Senado Federal, por meio do Comitê de Promoção de Equidade de Gênero e Raça e da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher, para marcar a Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, ação mundial encabeçada pela ONU Mulheres.

Além da senadora Zenaide, falaram, na abertura do evento, a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, que destacou a educação desde a infância como ferramenta que alarga os horizontes das meninas, para que elas cresçam sabendo que podem e devem ocupar todos os espaços que elas quiserem. “Minha filha disse que ela é a presidente da casa, e ela sabe que pode ocupar esse espaço porque está crescendo em um ambiente em que a mulher ter um papel de destaque é normal”, contou Ilana.

Dad Squarisi, editora de Opinião do Correio, fez uma fala resgatando a arqueologia dos mitos que originaram, nos pensamentos ocidental e oriental, as crenças na superioridade do homem e que ainda atuam, no inconsciente coletivo, para uma certa naturalização da violência contra a mulher. Em um desses mitos, Orestes mata a mãe e é salvo da condenação dos deuses pelo voto de Minerva. “Ali, caía o matriarcado e se legitimava a violência contra a mulher”, ilustrou Dad.

No primeiro painel, o tema “Mídia e a reprodução dos estereótipos de gênero” foi abordado pela doutora em Comunicação, Isabel Clavelin; pela doutora em Linguística, Sinara Bertholdo; pela consultora do Senado, Maria da Conceição Alves; e pela coordenadora de produção de Cidades do Correio, Adriana Bernardes. A mediadora foi a consultora do Senado, Roberta Viégas.

No segundo painel, intitulado “Feminicídio e a culpabilização da vítima: problema da mídia?”, falaram a consultora internacional em direitos das mulheres, Roberta Gregoli; e a especialista em Gênero e sexualidade, Luciana Gomes de Araújo.

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