quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

O ano de Allyson: prefeito sobrevive ao primeiro ano bem na gestão, mas envolvido em crises políticas.

Foto: Reprodução

O prefeito Allyson Bezerra (SD) passou bem no primeiro teste de popularidade no ano. Encerrou o ano com aprovação de 73,28% e um ótimo e bom que soma 59,24%, de acordo com o Instituto TS2.

Os números mostram que o prefeito melhorou a avaliação em relação a outra pesquisa do mesmo instituto divulgada em abril que mostravam os dois índices em respectivamente 67,03% e 58,48%.

Já na pesquisa Seta/Blog do Barreto divulgada também em dezembro tem uma aprovação de 66% e um índice de ótimo e bom que soma 59,1%.

Popularidade em alta que passa execução de obras com recursos do Finisa, deixados pela gestão anterior e normalização do pagamento do funcionalismo.

Apesar de muito criticado, o estilo blogueirinho de rede social do prefeito está dando resultados. Ninguém, por exemplo, está sentindo falta da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), exceto seus devotos fervorosos, claro.

No entanto, o prefeito peca na política.

Acertou bem na escolha do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) para ser seu nome para deputado federal. Trata-se de um nome consensual dentro do partido.

Já na definição do nome para deputado estadual, o prefeito colheu desgaste. O ex-vereador Soldado Jadson (SD) não era o primeiro nome da fila nem estava com a viabilização encaminhada como Lawrence. Quem estava mais próximo dessa condição era o vereador Cabo Tony (SD), o que gerou problemas internos no Solidariedade.

Além disso, o prefeito está perdendo apoios na Câmara Municipal Didi de Arnor (Republicanos), Zé Peixeiro (PP) e Gideon Ismaias (Cidadania) deixaram a base enquanto que apenas Lucas das Malhas (MDB) aderiu.

A tendência é que outros nomes, entre eles Tony, deixem a base aliada nos primeiros meses de 2022.

Para piorar o prefeito rompeu com o vice Fernandinho (PSD) num processo conduzido de forma desastrada com direito a esvaziamento do gabinete e carro oficial recolhido.

O prefeito quer a base unida em torno de seus candidatos, coisa que nem os Rosados conseguiam quando estavam no poder. Sempre existem compromissos dos vereadores com nomes de outras regiões ou projetos para candidaturas próprias.

Para piorar o prefeito aposta numa aliança com o desgastado grupo do ministro das comunicações Fábio Faria (PSD). A ideia foi reprovada pelos eleitores nas pesquisas TS2 e Seta divulgadas em dezembro.

A gestão de Allyson vai bem, mas a política vai mal. Esse segundo fator pode contaminar o primeiro e a popularidade hoje em alta pode ruir lá na frente.

Por Bruno Barreto

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