O ministro das comunicações Fábio Faria anunciou esta semana que vai deixar o PSD. Muito provavelmente seu destino será o PP, atualmente comandado no Rio Grande do Norte pelo rosalbismo.
Na entrevista ao UOL ele deixou bem claro que a mudança dar-se-á por fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele alega que o PSD é um partido dividido entre bolsonaristas e lulistas, ainda que a primeira corrente seja majoritária.
No entanto, o principal motivo para o acerto para trocar de partido é a informação de que o PSD terá candidato a presidente.
Essa posição firme de alguém com histórico pragmatismo político tem uma explicação: Fábio sonha ser o vice de Bolsonaro nas eleições do próximo ano. Tido como alguém que viria a moderar o presidente ele se tornou um ferrenho defensor do bolsonarismo nas redes sociais endossando tudo que o chefe faz como nunca fizera quando o pai governou o Rio Grande do Norte.
Ao anunciar que vai deixar o PSD, Fábio deu uma resposta rápida após o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, se reunir com o ex-presidente Lula. O encontro gerou mal estar no Governo Bolsonaro a ponto de se fazer um mapeamento dos cargos indicados pelo líder pessedista que já foi prefeito de São Paulo. O principal deles é a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Após a conversa com o ex-presidente, Kassab declarou à Folha de S. Paulo que o “eleitor vê Lula como vítima e quer consertar voto que deu em 2018” ao comentar sobre a pesquisa Datafolha que mostrou o petista com vantagem de 18% no primeiro turno contra Bolsonaro e 23% na simulação de segundo turno.
Por enquanto o discurso oficial de Kassab é a de busca por um nome mais ao centro capaz de surgir como alternativa a Lula e Bolsonaro, mas o distanciamento em relação ao presidente é bem claro o que atrapalha o sonho de Fábio ser vice na chapa presidencial.
Por Bruno Barreto
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