A senadora Zenaide Maia (PROS – RN) reafirmou o seu posicionamento contrário ao PL 6.299/02, projeto que ficou conhecido como “Pacote do Veneno”, por flexibilizar as regras sobre registro e comercialização de agrotóxicos no Brasil. “Precisamos dizer ‘não’ a um projeto desses, que nem deveria ser pautado. Estamos defendendo a vida; então, não ao veneno! Esse governo fala muito de defesa da família, mas defende os agrotóxicos, que podem prejudicar grávidas e fetos. O Senado mostra ao povo brasileiro que não se trata de ser de esquerda, de direita ou de centro, mas de defender a vida, as famílias e o meio ambiente!”, declarou a senadora, durante debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta terça (26).
Os especialistas que participaram da audiência na CDH também criticaram o projeto e apresentaram um estudo sobre os impactos negativos do PL, caso ele vire lei. O documento, intitulado Dossiê Contra o Pacote do Veneno e em Defesa da Vida, foi elaborado em conjunto pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Associação Brasileira de Agroecologia e pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos. A representante da Abrasco, Karen Friderich, assinalou que 81% dos agrotóxicos permitidos no Brasil são proibidos em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Aline Gurgel, alertou para a contaminação por agrotóxicos não só dos alimentos in natura, mas também dos produtos industrializados. “Não há tecnologia em nenhum lugar do mundo capaz de remover completamente os agrotóxicos dos alimentos”, enfatizou.
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