quarta-feira, 30 de julho de 2025

MP reúne provas e encaminha investigação sobre eventuais abusos de Allyson no Cidade Junina para a Procuradoria Regional Eleitoral.

Foto: Reprodução

A promotora Ana Ximenes, da 33ª Zona Eleitoral, encaminhou a Notícia de Fato nº 02.23.2022.0000025/2025-37 para a Procuradoria Regional Eleitoral para apurar possíveis práticas de propaganda eleitoral antecipada praticada pelo prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB) durante o Mossoró Cidade Junina.

O despacho é motivado peloart. 2o., §2o., da Resolução n. 174/2017- CNMP, o art. 77 da Lei Complementar n. 75/1993 e os arts. 23, 47, 48, §1o e 51 da Portaria n. 1/2019-MPF/PGR.

Como Allyson é apontado como possível candidato ao Governo do Estado o caso tem que mudar de jurisdição, indo para o âmbito estadual.

O caso mais célebre foi a declaração de apoio manifestada pelo cantos Xand Avião no dia do Pingo da Mei Dia. “Quem quer Allyson para governador grita eeeeeu! Por mim ele era presidente logo! Quem vota no Allyson dá um gritão!!!”, disparou o artista em cima do trio elétrico.

O cantor recebeu um cachê de R$ 700 mil pago pela Prefeitura de Mossoró e a soma dos ganhos dos artistas da empresa Vybbe, de propriedade dele ultrapassou R$ 3 milhões durante o Cidade Junina.

Outro ponto que chamou atenção do Ministério Público foi a semelhança entre o prefeito e a caracterização do ator que interpretou Rodolfo Fernandes no Chuva de Bala no País de Mossoró.

O prefeito que liderou a resistência ao bando de Lampião tinha 57 anos em 1927 e foi interpretado por um ator na faixa dos 30 anos, idade parecida com a do prefeito.

Por fim, a exibição do chapéu de vaqueiro, símbolo das campanhas eleitorais do prefeito, pela Pic Pay, patrocinadora do evento. Em outras cidades, o modelo de chapéu usado era diferente e mais relacionado com o tema junino.

A secretária de cultura Janaína Holanda chegou a emitir um comunicado em que pediu para que os artistas se abstivessem de mencionar autoridades locais durante o evento, mas isso só ocorreu no dia 16 de junho, já no início da terceira semana do evento.

O caso também pode se desdobrar em uma investigação por improbidade administrativa.

Fonte Jornal O Mossoroense

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