segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Se a operação para normalizar Bolsonaro funcionar no RN, não será Rogério Marinho, mas Styvenson o candidato competitivo para 2022.

Foto: Reprodução

Caso funcione a normalização feita do presidente Jair Bolsonaro no RN, não sairá daí a condição de candidatura competitiva para o governo em 2022 do hoje ministro Rogério Marinho. É o desejo que as elites potiguares tentam realizar, mas não é assim que acontece. A força do exemplo será maior do que a do discurso seletivo.

Se a população aceitar que o bom é agredir jornalista, gritar com os outros e arrebentar com o sistema político, ação que Bolsonaro faz mais nos holofotes do que na vida real da relação com o congresso, o potiguar não olhará para Rogério, mas para o capitão Styvenson.

Rogério Marinho é preparado, porém tem o perfil da “velha política” e um histórico de alianças com os principais grupos políticos do RN. Quem age do jeito que se tenta normalizar é o senador Styvenson.

O povo, além disso, perceberá a contradição entre valorizar Bolsonaro e sua forma de agir e tentar fritar Styvenson, que atua de maneira semelhante. Nesse processo, será o bolsonarista local que terminará na panela entregue de bandeja.

E um aviso que deveria ser motivo de preocupação. Bolsonaro faz composição e vive pacificamente com quem tem o poder, apesar da truculência e da retórica. Já Styvenson, não. Muita gente está cavando o próprio buraco para se enterrrar. Basta olhar as pesquisas.

Por Daniel Menezes (sociólogo e professor da UFRN)

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