Foto: Alan Santos/PR
A campanha é iniciativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com apoio dos governos dos países da América Latina e do Caribe. Segundo nota do Ministério da Agricultura, o propósito da campanha “é dar visibilidade às mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes que vivem e trabalham em um contexto de desigualdades estruturais e desafios sociais, econômicos e ambientais, agravado pelo impacto da pandemia de covid-19.”
Foto: Alan Santos/PR
A edição deste ano quer destacar as mulheres como “guardiãs e promotoras do desenvolvimento seguindo o princípio da agenda 20 30 [da ONU com objetivos] para o desenvolvimento sustentável”, descreveu a Tereza Cristina, para quem a contribuição feminina “é fundamental”. Segundo ela, “nesse mundo ainda tão masculino, precisamos evidenciar e fortalecer o papel das mulheres do campo na transformação da nossa sociedade.”
O Ministério da Agricultura prevê como ações da campanha “a identificação e difusão de experiências e conhecimentos sobre o poder transformador das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes, e a realização de concurso, seminários e oficinas que levem até as mulheres do campo o conhecimento de direitos e políticas públicas ao seu alcance.”
Foto: Alan Santos/PR
A campanha também está a cargo do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e do gabinete da primeira-dama. Michelle Bolsonaro defendeu que “o governo precisa fortalecer cada vez mais a atuação da mulher rural com políticas públicas que permitam seu desenvolvimento profissional, aumento de sua renda e que as protejam das dificuldades inerentes à sua condição, principalmente no combate à violência.”
Foto: Alan Santos/PR
"Vocês não vão ficar para trás", disse Damares Alves às mulheres do campo.
Para Damares Alves “chegou o dia de dizer para vocês mulheres do campo ‘vocês não vão ficar para trás’.” Ela assinalou que o governo atua para valorizar e respeitar a mulher no campo. E lembrou que somente em outubro do ano passado, o governo federal fez a “reparação simbólica” pela morte da trabalhadora rural Margarida Maria Alves, assassinada em agosto de 1983.
Segundo o ministério, Margarida foi uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no país, além de lutar pelos direitos dos trabalhadores do campo. Seu nome e sua história inspiraram a Marcha das Margaridas, criada em 2000. O assassinato impune gerou denúncia contra o Brasil em 2000 na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Também presente na solenidade, o representante da FAO Rafael Zavala disse que “o Brasil tem uma experiência significativa na implementação da campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direito através do seu trabalho intersetorial com grande protagonismo das instituições de governo.”
Por Agência Brasil
Maravilhoso ver que alguém está interessado em promover políticas públicas para essas mulheres tão esquecidas
ResponderExcluir