Após dois anos sumido do noticiário o ex-senador José Agripino, presidente estadual do DEM, reaparece no noticiário. Ele concedeu uma entrevista ao Agora RN em que falou sobre o cenário político no Rio Grande do Norte e no Brasil.
Agripino até fez algumas análises interessantes. Classificou o Governo do Bolsonaro como “errático” e indicou distanciamento do presidente. Reconheceu o esforço da governadora Fátima Bezerra (PT) para colocar a folha de pagamento em dia, mas fez uma crítica justa acerca da falta de obras.
Por outro lado, se empolgou com o crescimento nacional do DEM e delirou dizendo que isso se reproduziu no Rio Grande do Norte.
Engano.
O DEM fez 16 prefeitos em 2016 e 17 em 2020. Sem contar que perdeu a estratégica Pau dos Ferros e teve péssimo desempenho em Mossoró, além de sequer ter lançado uma chapa de vereador em Natal.
Agripino pregou a moderação e sugeriu que o DEM pode se alinhar com a centro-esquerda e defendeu mais uma vez uma aliança oligárquica de Alves e Maias no RN.
O ex-senador foi poupado na entrevista. Não foi instigado a falar sobre a nova derrota dos oligarcas do Estado e não explicou a sua “despercebida” ausência no processo eleitoral de 2020.
Agripino tenta ressurgir no debate público com nova roupagem, mas no fundo é o mesmo oligarca de sempre.
Por Bruno Barreto
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