Os municípios que formaram suas nominatas e têm pré-candidatos no PSB deverão ser priorizados e fortalecidos, mas os danos da alteração no comando do Partido Socialista Brasileiro às vésperas do fechamento do prazo de filiações partidárias para as eleições deste ano ainda não foram totalmente analisados pela nova presidente estadual do partido, ex-deputada Larissa Rosado. Seu nome foi oficializado nesta quarta-feira (10), após reunião com o presidente nacional, Carlos Siqueira, em Brasília.
Larissa assume o partido após desentendimento da direção nacional com Rafael Motta, que presidia a sigla no estado, na semana passada. Numa articulação, via PT nacional, o PT RN conseguiu do PSB a garantia de permanência do em sua base, em apoio à candidatura de Natália Bonavides (PT), na capital, e a saída da base do prefeito Allyson Bezerra (União), em Mossoró.
Sem concordar com a retirada da sua pré-candidatura a prefeito, Motta saiu do PSB. Entre os acordos com seu partido de destino, o Avante, estaria a promessa de levar os nomes ligados a ele nos municípios.
Em Mossoró, reduto do rosadismo, a nominata, que fora montada pelo grupo de Allyson Bezerra, foi desfeita. Com o partido nas mãos do sandrismo (grupo de Sandra Rosado) a menos de 48 horas para fechamento dos prazos, na cidade oesteana não houve tempo hábil para montar nova lista de pré-candidatos. A própria Larissa Rosado não colocará seu nome à vereança e vai mirar na campanha estadual de 2026.
“A nominata não se faz de uma hora para outra. Então eu enxerguei nessa possibilidade de retorno ao PSB uma oportunidade também, além de estar num partido que eu gosto, que eu me identifico, mas de reconstrução do partido e de possibilidade de retorno a outras posições de nível político no estado”, explicou.
O grupo de Larissa Rosado foi filiado ao PSB de 2005 a 2018. Agora, retorna com o objetivo de crescimento do partido. Esse, segundo a ex-deputada, foi o principal mote da reunião com Carlos Siqueira.
“A comissão provisória foi montada observando psbistas antigos, pessoas que estão no partido há muito tempo, algumas pessoas que são candidatas. Depois da comissão publicada (no TSE), vamos fazer reunião com o pessoal de Natal e vamos percorrer o estado inteiro e onde tiver candidatura, a gente vai chegar para conversar, para ver quem tem apoio, o que pode ser viabilizado”, afirma.
Mesmo tendo assumido o PSB com a aliança em Natal e Mossoró com o PT firmada em âmbito nacional, Larissa diz entender que ficou claro na conversa com Siqueira que “existe a parceria com o PT, mas o PSB tem escolhas próprias, apesar do apoio a Natália e o alinhamento em Mossoró, vamos observar as nuances do partido em todos os lugares”.
Em Natal, o presidente Wellington Bernardo garantiu à nova presidente da sigla que a nominata formadas por 30 pré-candidatos a vereador, “chega até o dia da convenção com tranquilidade”. “Uma nominata forte, onde a gente pode fazer dois vereadores”, espera.
Em Mossoró, o PSB volta para a oposição, onde permaneceu até o mês de fevereiro, quando havia passado para a base do prefeito. Com a oposição dividida, o PSB se mantém alinhada com o lado esquerdo, apoiando o projeto que o PT lançar, seja qual for.
Nos demais municípios, a presidente ainda deve se inteirar da situação.
“Ainda não tive acesso. Pelo que eu vi não temos nenhum prefeito, mas nós temos pré-candidatura a prefeito. Vamos chegar a cada lugar que o partido tem candidatura, a prefeito, vice-prefeito, vereador, para apoiar essas pessoas”, afirma.
O trabalho de apoio em 2024 foca em 2026. Após o período eleitoral, uma segunda parte deve ser realizada.
“Vamos fazer trabalhos do PSB Mulher, de escola de lideranças para atrair novos filiados para o PSB. Eu entendo que o período eleitoral não é o período de fazer essa outra parte de escola de líderes, do PSB mulher, do fortalecimento de candidaturas femininas, agora é através do apoio partidário mesmo”, finaliza.
Por Carol Ribeiro
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