A ida de Jair Bolsonaro a um restaurante na última terça-feira, 29, em Brasília, foi acompanhada de uma série de medidas de segurança. Enquanto a presença do presidente na confraternização realizada pelo PL, o seu partido, ainda não estava confirmada, uma equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) compareceu ao local para fazer uma varredura – até aí, um procedimento comum.
A participação de Bolsonaro, no entanto, provocou uma situação insólita. Antes de o jantar ser servido, um funcionário do estabelecimento foi chamado pela equipe de segurança e, ali, de surpresa, foi chamado pela equipe de segurança e, ali, de surpresa, foi instado a provar a comida – um prato de salada. Conforme o relato de pessoas presentes, esse funcionário, então, experimentou a refeição na frente dos agentes. Somente depois desse procedimento é que o prato foi entregue ao presidente.
Não é de hoje que Bolsonaro acredita que pode ser alvo de um novo atentado e, por isso, recorre a medidas especiais de segurança, como a provadores para assegurar que a comida que lhe é servida não está envenenada. A medida, conforme o próprio Bolsonaro narrou a VEJA durante entrevista em 2019, acontece até mesmo dentro do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente.
O comum, porém, é que a prerrogativa de provar as refeições seja de um servidor da própria Presidência da República, e não funcionários de estabelecimentos que Bolsonaro eventualmente frequente.
Desde que foi derrotado em segundo turno para Lula, o presidente vem se mantendo cada vez mais isolado e com raras aparições públicas. Além da ida ao restaurante, na qual não falou com a imprensa ou com apoiadores, Bolsonaro somente compareceu a eventos militares, cujo aparato de segurança é ainda mais reforçado.
Por Marcela Mattos/Veja
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