segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Disputa pelo governo estadual não é a grande prioridade.

Foto: Reprodução

Dizem que nas eleições 2026 os partidos vão valorizar mais as disputas para deputado federal e senadores do que para o governo do estado. A importância das bancadas no Congresso Nacional se sobrepõe ao controle da maioria dos executivos estaduais.

Essa regra ganhou força no terceiro governo Lula (PT), que não esconde as queixas de não contar com a maioria na Câmara e Senado para aprovar os projetos importantes para o governo.

De fato, os partidos estão muito mais interessados na corrida proporcional do que no palanque majoritário. O Congresso Nacional ganhou um protagonismo que está alterando a ordem natural da política.

Trazendo essa realidade para o Rio Grande do Norte, pode ser dito o PT interessa mais a eleição da governadora Fátima Bezerra do que a sucessão estadual. Manter o Executivo, que o partido ocupa desde 2019, é segundo plano.

Talvez, e provavelmente, isso explica a escolha por um pré-candidato que nunca disputou uma eleição e que segue desconhecido do grande público. Diria que Cadu Xavier, um técnico de competência indiscutível, foi escolhido sem maiores pretensões.

O PT, inclusive, tem melhor nome em seus quadros, a deputada federal Natália Bonavides, que seria muito competitiva para o Governo do Estado, mas ela e o partido priorizaram a renovação do mandato na Câmara, justamente para ajudar um possível quarto governo Lula a ter maioria na Congresso. Isso se repete em outros estados.

Não quer dizer, porém, que o PT vai soltar a mão de Cadu durante a campanha eleitoral. Nada disso. Todavia, é certo que o partido priorizará a eleição de Fátima ao Senado e a ampliação, se possível, de deputados federais, que hoje conta com os mandatos de Natália e Fernando Mineiro.

Melhor para o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), que soma votos de lulistas para enfrentar o bolsonarismo liderado pelo senador e pré-candidato a governador Rogério Marinho (PL). Aliás, Rogério disputará o governo porque não tem nada a perder. Se não for eleito, ele retorna para o Senado onde tem mais quatro anos de mandato.

Por Coluna César Santos / Jornal De Fato

Nenhum comentário:

Postar um comentário