Metade dos bares e restaurantes do Rio Grande do norte pretendem contratar mais funcionários até o fim do ano, apontaou um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no estado.
Além das festas tradicionais como Natal e Réveillon, a Copa do Mundo de Futebol ocorre no fim do ano, a partir de novembro, em 2022. Segundo a entidade, isso elevou o otimismo dos empresários.
Cerca de 51% dos representantes dos estabelecimentos disseram ter a intenção de contratar funcionários até o fim do ano – sendo que 15% revelaram já ter aumentado o quadro de funcionários em setembro. Outros 45% garantiram que vão manter o time atual e apenas 4% dizem que irão realizar demissões.
“O número de empresas contratando é alto, isto é reflexo do que estamos vendo na economia de forma geral. Essa melhora nos indicadores vem contribuindo para o incremento dos negócios. Outro aspecto positivo é a redução da inflação, pois permite equacionar custos que vinham dificultando a situação das empresas há alguns meses”, disse o presidente da associação, Paolo Passariello.
Entre os que pretendem contratar, 59% apontam como motivo o aumento de demanda previsto, em função dos eventos. Mas também chama a atenção o número de empresas que busca mais gente para ampliar o negócio com novos produtos/serviços (20,5%) ou para abrir filiais (2,5%).
Além disso, 33,5% procuram profissionais para recompor o quadro e readequar a empresa à nova configuração de mercado "pós-pandemia".
O problema é que nem todos estão encontrando os profissionais desejados. Segundo a Abrasel, 99% dos entrevistados que pretendem contratar disseram ter algum grau de dificuldade na seleção.
Quanto mais especializado o profissional, mais difícil de encontrar. Quase 70% alegaram ter dificuldades para contratar garçom. Os níveis de dificuldade para contratação dos demais profissionais são: Auxiliar de cozinha (56,4%), cozinheiro (46,2%) e social mídia (33,7%), além de atendente e chef.
“Encontrar bons profissionais sempre foi uma dificuldade do nosso setor, que se torna mais evidente em momentos como este, de alta demanda. Os estabelecimentos acabam formando muita gente, mas isso leva tempo e investimento”, diz Passariello.
A pesquisa revelou também que a situação econômica dos estabelecimentos está se estabilizando. Depois de aumentos constantes nos últimos meses no número de empresas realizando lucro, o índice se estabilizou em 38%. Também o mesmo número de respondentes disse ter trabalhado em setembro com equilíbrio financeiro (38%) ou com prejuízo (24%), praticamente os mesmos números relativos ao desempenho no mês de agosto.
Caiu, no entanto, o número de empresas inadimplentes no regime do Simples: 36% disseram estar com parcelas em atraso. O número é menor do que o apurado em agosto (42%), julho (44%) e junho (47%). Cerca de 83% das empresas que participaram da pesquisa estão enquadradas no regime fiscal.
Fonte g1/RN
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