Na terra que resistiu ao ataque de Lampião em 1927 e que foi denominada através de lei federal como a capital do Semiárido brasileiro, surge um ditador que não permite, pela censura, o surgimento de um movimento estudantil em uma das escolas do município. Mossoró tem uma história de resistência a zelar e não deixará que esse ditador prospere e ganhe força.
Aqui se libertou os escravos alguns anos antes da Lei Áurea; a primeira mulher adquiriu o direito de votar e nesse clima libertário, surge o ditador Alysson Bezerra, filiado ao União Brasil, que reprime estudantes da Escola Municipal Antonio Fagundes, impedindo-os de criarem um grêmio estudantil para lutar por melhorias nas instalações da unidade educacional e ainda manda demitir a professora que estava orientando os alunos, causando revolta em todo o corpo de docentes, pais e entre os próprios estudantes.
O ato foi classificado por todos como censura e o prefeito passou a ser considerado na escola como um ditador, uma vez que, seguindo orientação do gestor municipal ao receber o documento de criação da entidade representativa dos estudantes, a diretora rasgou a Ata na frente dos alunos e determinou que os estudantes que tentaram, com “insubordinação”, criar a entidade estudantil, a proibição de entrada na escola.
O ato de censura determinado pelo prefeito Alysson Bezerra, foi duramente criticado no meio estudantil e nas redes sociais do município, uma vez que o prefeito em sua campanha se apresentou como sindicalista, resultando, inclusive na organização de um ato de protesto dos alunos e seus familiares na frente da escola que depois saiu em caminhada até a Secretaria Municipal de Educação.
Os estudantes estão indignados com o comportamento da direção, que segue fielmente a orientação do prefeito, reprimindo qualquer ação de protesto dos estudantes, que estavam criando o grêmio para lutar por melhores condições de ensino na escola. Esse ato do gestor municipal segue a linha implementada por ele no trato com a educação, uma vez que não aceitou nenhuma negociação salarial com os professores.
Outra área bastante atingida pela administração de Alysson foi a Saúde, que teve sua prestação de contas rejeitadas pelo Conselho Municipal de Saúde, por ter sido constatadas muitas irregularidades, enquanto as filas para atendimento e consultas médicas crescem nas unidades de saúde do município. Esse estilo de administração segue a linha implantada pelo bolsonarismo, uma vez que ele é seguidor fiel do ex-presidente.
Por Ivanaldo Xavier, jornalista e servidor aposentado da UERN.
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