"A situação é caótica".
A afirmação é do diretor da Cidade do Sol (concessionária do transporte coletivo em Mossoró), Waldemar Araújo, ao definir a atual situação do serviço, sufocado, principalmente, pela ausência de políticas públicas da gestão anterior na Prefeitura e pela pandemia de Covid-19.
A empresa, que já atuou em Mossoró com praticamente toda a frota de 35 veículos, hoje opera com apenas sete ônibus, nas linhas abolição, Nova Vida e Vingt Rosado. Ainda de acordo com a direção da concessionária, a operação com os três itinerários representa cerca de 70% da demanda total de usuários do transporte público coletivo no município.
"A situação do transporte, infelizmente chegou ao limite. Hoje, enfrentamos dificuldade financeira extraordinária e isso vem se acumulando ao longo dos anos, com a falta de políticas que viabilizem o serviço, e agora teve agravamento com a pandemia, quando a demanda de passageiros caiu mais de 90%", contextualiza o diretor.
Waldemar destaca ainda que as más condições das ruas da cidade são um agravante. "Além de todos os problemas, como falta de apoio ao serviço, falta de fiscalização de clandestinos, temos algumas rotas sem a mínima condição de trafegabilidade de ônibus. Como resultado, temos grande perda de pneus, de peças, uma situação bastante difícil”, destaca.
Nova gestão
Mesmo diante do cenário de dificuldades enfrentado atualmente, a direção da Cidade do Sol acredita que a atual gestão da Prefeitura de Mossoró possa dar celeridade aos encaminhamentos pendentes na área do transporte público coletivo, atendendo, inclusive, demandas urgentes.
"Estamos esperançosos de que, daqui para frente, o transporte coletivo passe a constar na pauta do município, como serviço público municipal que é. O diálogo com a Prefeitura hoje está muito bom. Mantemos contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana e estamos aqui à disposição, para contribuir e voltar a oferecer um serviço de excelência, com o apoio do Executivo", diz.
Por Saulo Vale
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