Como parte das ações da greve que já chega aos 49 dias, os professores da rede municipal de ensino de Mossoró foram nesta terça-feira (11) à Câmara Municipal de Mossoró colher assinatura dos vereadores a um manifesto cobrando do Executivo mossoroense propostas concretas que venham a por fim ao movimento paredista.
A maioria dos vereadores da base de apoio do prefeito não assinou o documento.
Veja o que disse a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Eliete Vieira, sobre o movimento.
Veja quem assinou o documento dos professores:
Isaac da Casca
Francisco Carlos
Marleide Cunha
Pablo Aires
Larissa Rosado
Carmem Julia
Omar Nogueira
Tony Fernandes
Lawrence Amorim (presidente da CMM)
Não assinaram o manifesto:
Edson Carlos
Wignis do Gás
Francisco Lourenço da Costa Neto, o “Costinha”
Raério Cabeção
Ricardo de Dodoca
Markute da Maísa
Genilson Alves
Naldo Feitosa
Lamarque Oliveira
Didi de Arnor
Os vereadores Paulo Igor, Zé Peixeiro, Gideon Ismaias e Lucas das Malhas não estavam presentes na sessão.
Em contato com o Blog Carol Ribeiro, Paulo Igor reiterou que apoia o movimento.
Confira o manifesto na íntegra:
“Ofício nº 18
Mossoró, 11 de abril de 2023
À Câmara Municipal de Mossoró
Ilmo. Srs. Vereadores
Ilma. Sras. Vereadoras
Assunto: Apoio a greve dos professores e em defesa da educação
Ilustríssimos vereadores, ilustríssimas vereadoras
Nós, professores e professoras da rede municipal de ensino de Mossoró, solicitamos a sua assinatura no manifesto de apoio a greve dos professores e em defesa da educação.
1- A educação é a base do desenvolvimento humano individual e enquanto ser social. É pela educação que dizemos que tipo de ser humano queremos ser e em que tipo de sociedade queremos viver e conviver. A educação é a esperança que traça o caminho de um futuro que se quer viver.
2- A educação formal se corporifica no trabalho de reflexão-ação dos professores e professoras que apresentam as trilhas do caminho para crianças, jovens e adultos construírem o futuro que desejam viver. Por isso, defender uma continuada política de valorização dos profissionais da educação é condição entrelaçada a busca pela melhoria da qualidade da educação.
3- Apoiamos e reconhecemos como legítimo o movimento de greve dos professores da rede municipal de ensino de Mossoró
4- Enquanto membros do Poder Legislativo responsáveis por representar os interesses do povo rumo ao bem viver coletivo, compreendemos que o processo de desvalorização do trabalho docente e de desrespeito à carreira - deflagrado pela negação do reajuste do piso salarial - fere não apenas a qualidade, mas também as condições estruturais e objetivas do trabalho docente na Rede Pública da Educação Municipal.
5-Movidos pela crença na democracia e pela defesa incondicional da escola pública, laica, gratuita e de qualidade social referenciada, declaramos apoio total e irrestrito aos professores e professoras, por entender que todo e qualquer projeto para a educação deve, necessariamente, ser pautado pela valorização dos profissionais que atuam na construção e na consolidação da Escola, da Educação e da Sociedade. Neste sentido, repudiamos todo e qualquer ato de retaliação, difamação, cerceamento da liberdade de expressão e criminalização dirigido aos profissionais que livremente aderiram ao movimento de greve.
6 - Conclamamos às lideranças políticas, ao excelentíssimo prefeito, aos representantes da Secretaria Municipal da Educação, que sejam sensíveis aos prejuízos que esta greve representa para a sociedade mossoroense, especialmente para os alunos, professores, servidores e beneficiários das escolas públicas municipais, que encaminhem, com urgência, uma proposta de reajuste do piso salarial, condição sine qua non para se encontrar um caminho para o fim movimento de greve dos professores da rede municipal”.
Por Carol Ribeiro
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