sábado, 20 de março de 2021

Alimento tradicional no Nordeste ganha versões e vira alternativa para empreendedores na pandemia no RN.

Foto: Lucas Cortez

Hambúrguer e até barca de cuscuz? O alimento feito a base de milho tradicional na região Nordeste brasileira ganhou versões e virou alternativa para potiguares que buscam uma renda durante a pandemia da Covid-19 no Rio Grande do Norte.

No Bairro Nordeste, em Natal, Rodrigo Medeiros da Silva, de 31 anos, tomou a iniciativa de abrir um espaço gourmet tendo como base o cuscuz em agosto de 2020, após ser infectado pelo coronavírus e registrar baixa nas vendas no antigo emprego como vendedor de panelas.

Mesmo sem curso na área gastronômica, o empreendedor abriu o espaço na área de casa e começou a atender de forma presencial e delivery. "Cuscuz é vida, é o prato que sustenta a minha família atualmente", conta Rodrigo, que mora com a esposa e um filho de 5 anos de idade.

Foto: Lucas Cortez

Segundo o empreendedor, as receitas são criadas e reformuladas continuamente, já que o cuscuz é um prato dinâmico que se adapta a diversos tipos de acompanhamentos. "Os pratos mais vendidos são o cuscuz com carne de sol na nata, que é o mais tradicional. Também sai muito o cuscuz búrguer, que é o mais novo agora. No lugar do pão, a gente usa a massa de milho e recheia com queijos, hambúrguer, ovo e salada", explica.

Por dia, ele vende de 20 a 30 pratos. Por causa da pandemia da Covid-19 e os novos decretos do Governo do RN e Prefeitura de Natal, o espaço está funcionando exclusivamente de forma delivery.

Após se afastar do trabalho, a enfermeira Edilene Santos, de 34 anos, também resolveu começar a vender e entregar cuscuz em novembro do ano passado, em Parnamirim, na Grande Natal. Mas o produto também ganhou uma versão especial em embalagens em formato de barco.

Foto: Cedida

As primeiras vendas foram no próprio condomínio onde ela mora, mas o negócio começou a se expandir e o marido, Mateus Santos, precisou ajudar nas entregas na Coophab e em Nova Parnamirim. Todas as noites, ela prepara os pedidos e ele realiza as entregas.

"Eu estava em casa e a gente precisava de uma renda extra. Vi a foto de uma barca e tive a ideia de fazer o cuscuz na barca", conta Edilene. A empreendedora postou uma foto do produto no grupo do condomínio e o primeiro cliente já pediu três.

Ao longo do tempo, o cuscuz foi ganhando outras versões em caixinhas e porções individuais. "Hoje, eu consigo tirar do cuscuz o salário que eu ganhava antes na minha área (de formação) e a gente pretende expandir", conta.

Por G1/RN

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