Foto: Reprodução
Verbalizar sentimentos, aproximar-se do outro usando novas tecnologias, como videochamada, ou algumas bem antigas, como o envio de uma carta, são alternativas de demonstrar afeto que podem equivaler ao abraço, tanto para quem faz como para quem recebe.
Para a psicóloga Márcia Tassinari, professora da Universidade Santa Úrsula, embora não seja possível uma substituição literal do gesto, podemos representá-lo com atitudes e palavras.
— O abraço é a forma de duas ou mais pessoas, em contato, expressarem afinidades, calor humano e afeto — diz ela, observando que novas formas de expressar da afetividade fazem parte de um aprendizado.
Para a psiquiatra Roberta França, a necessidade de isolamento social tornou mais evidente a falta do abraço.
— O vídeo é a forma mais fácil de minimizar essa ausência — acredita.
De fato, as videochamadas são o recurso mais utilizado por 88% dos 2.017 entrevistados numa pesquisa sobre uso de aplicativos no Brasil, pela Mobile Time/Opinion Box, divulgada em meados de junho.
— Sinto falta do calor humano que só o abraço pode proporcionar, mas nesse momento (a videochamada) é o que dá para fazer, não deixa de ser uma demonstração de carinho — diz a jornalista Lidiane Barbosa, de 39 anos, moradora de Vila Isabel, que recorre a videoconferências para estar em contato com amigos e parentes, como os avós idosos, que não vê desde o início da pandemia.
Mas vale até “ressuscitar” a cartinha, menos fácil do que um clique no celular e, por isso, cheia de significado. O envelope e selo levam com ele toda a intenção do afeto. Fazer um telefonema, dar um mimo ou mesmo um sorriso ajudam a demonstrar atenção e preocupação com o outro.
A psicóloga Andreia Dumas também acha que o abraço pode ser simbolizado de outras formas, verbalizando os sentimentos ou mesmo presenteando.
— O abraço produz uma sensação de bem estar, produz um sentimento de segurança e de felicidade. Por isso é tão importante. É uma forma de expressar afeto e para a maior parte da pessoas só traz sensações positivas, que vão variar conforme o vínculo entre quem abraça e quem é abraçado - explica.
Por Extra Online
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