O Rio Grande do Norte deverá entrar no mercado de produção de vinhos no início de 2024, após a conclusão da construção de uma vinícola, que está em andamento na zona rural de São José de Mipibu, na região metropolitana de Natal.
Os investimentos previstos são de cerca de R$ 15 milhões, para a fase inicial, e o empreendimento deverá gerar cerca de 50 empregos diretos, segundo a empresa responsável.
A ideia é que o local seja transformado em uma atração turística com uma cafeteria e uma adega que ofereçam experiências aos visitantes. Os turistas poderão degustar bebidas e conhecer o processo de produção das bebidas.
Segundo o Sebrae, o Rio Grande do Norte possui atualmente uma área de plantação de 20 hectares, mas a maior parte é voltada para o cultivo de uvas de mesa do tipo Vitória. Essa será a primeira voltada para produção de vinhos e dentro dos padrões do Ministério da Agricultura e Pecuária, segundo a entidade.
A iniciativa é da empresa Vinícola Casa 7 Evas, do empresário paranaense Evanildo Palatinsky. "A area atual plantada é de 2,5 hectares, mas a área total da primeira fase, no final de 2024, é de 20 hectares", explicou.
O empresário também explicou que já vem produzindo uvas para fazer os testes de variedades mais adequadas ao plantio. A fabrica deve ser concluída até setembro de 2023, porem a estrutura para receber turistas e visitas só deve ficar pronta no final de 2024
"A fábrica deve começar a produzir no inicio de 2024, as primeiras garrafas. Temos projeto inicial para 100 mil litros por ano. Os testes preliminares nos apontam para um vinho frutado de forte coloração e aroma intenso desenvolvido pela forte presença de sol e correntes de vento típicas da região", disse Evanildo Palatinsky ao g1.
Ainda de acordo com o empresário, 18 variedades ainda serão testadas em parceria com Embrapa. "Porem as de melhor adaptação ate aqui nas tintas foram malbec, syrah e cabernet sauvignon e nas brancas, cabernet blanc", disse.
O Sebrae do Rio Grande do Norte informou que prestou serviço de consultoria na elaboração de projetos técnicos industriais para a regularização e obtenção de registro do estabelecimento no Mapa, na elaboração de projetos de sistema de prevenção de combate à incêndio e pânico e na regularização de poços para abastecimento de água para a indústria e irrigação dos parreirais.
“Temos oferecido esse trabalho de suporte e acompanhamento para viabilizar a vinícola. Ao apoiar iniciativas como essa, o Sebrae ajuda a diversificar e agregar valor para a fruticultura do estado”, considerou o diretor da entidade, João Hélio Cavalcanti.
Apesar de uvas em São José de Mipibu, a empresa informou que a maior parte das frutas usadas na fabricação de vinhos deverá ser comprada de produtores de Petrolina, Pernambuco.
Fonte g1/RN
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